Eu estava andando na rua quando um mendigo apareceu na minha frente. Hesitei e daí decidi atravessar a rua. Antes de conseguir, porém, ouvi alguém dizer:
- Não tem problema, moça, pode passar.
Eu senti as minhas bochechas corarem. - Não, tudo bem.
Eu olhei para trás e o mendigo me chamou: - Vem cá, vamu conversa.
- Hum, não obrigada. - E finalmente consegui atravessar a rua.
Eu não precisava atravessar a rua, eu só queria atravessar por causa do mendigo. Não é algo do que eu me orgulhe mas é a reação da maioria das pessoas.
O motivo desse post é eu estar imaginando o que sente uma pessoa, o que ela pensa, quando alguém, ao vê-la, decide atravessar a rua. Ela não fica ofendia, fica resignada, porque isso acontece com frequência.
Mas quem repara em mendigos não é mesmo? Quando você olha pela janela do carro, você vê outros carros, prédios, árvores, animais, mas essas pessoas maltrapilhas são pontos cegos na paisagem.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
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É complicado, os mendigos eu também acabo tornando um ponto cego, mas as limpadoras de rua, mocinhas dos parkimetros e os indios ou hippies que vendem brincos e colares eu sempre comprimento, então não estou tão mal assim com a sociedade!
ResponderExcluirEu hein!
Ótima semana, beijãão