domingo, 10 de maio de 2009

Aula de Religião O Retorno

Sabe qual é a parte boa d ter, tipo, 1 comentário por post? é q vc pode responder todos eles! Bem, Max, obrigado pelo seu comentário, eu realmente gostei; e respondendo a ele:

Ser chamada de anti-católica e herege? se isso me impedir de ir à outra aula de religião, eu considero isso um elogio. Como eu tenho síndrome-de-texto-ridiculamente-enormes, eu acabo resumindo significantemente a maior parte dos meus posts porque se não, ninguém vai ter paciêcia de ler, então você não sabe de muitos detalhes.

Acredite quando digo que muitos compartilham de minha opinião. Todo mundo odeia aula de religião.

Minha professora manda a gente rezar, fala de inclusão social, fala de igualdade social, fala que guerra é ruim, fala ame o próximo, fala pra não odiar e pra perdoar todo mundo, manda nós nos mirarmos em Jesus, fala pra não julgar pelas aparências, pede pra nós irmos a igreja, pra fazermos trabalho voluntário, fala que sexo e religião podem sim andar lado a lado, que ciência e religião não precisam brigar, pede respeito aos não-católicos pela sua religião, fala de não ter preconceito...

Mas é isso! Ela só FALA. Na prática, a história é outra.

Ninguém sabe o que significa amém; ninguém reza, fala de Deus ou vai à missa de boa vontade, a capela da escola fica trancada durante o recreio por causa de vandalismo e eu só pude ir conhecer o lugar na minha misssa de formatura, ainda tem bullying contra o esquisitão da classe; ela nos mostra uma página com uma matéria de sexo e religião que ao lado tem a matéria de uma otária que não baixa músicas ou filmes da internet (ela é contra a pirataria), os trabalhos voluntários da escola tem só cinco ou seis pessoas.

Ela pede respeito dos não-católicos? Sei, ela fala isso, mas nunca mostrou um filme das Cruzadas, da Inquisição OU mencionou o fato de Jesus nascido no Oriente Médio, ser branco. E muitas vezes, ele e todo mundo da família dele é retratado com olhos azuis.

Quando ela fala de inclusão social, ela fala de deficiêntes, mas e o pessoal da favela do Rio que não é deficiente, mas nunca foi à escola? E os pequenos soldados infantis da África? Eles também precisão de uma inclusão.

No filme que ela mostrou, quando o santo começa a reconstruir a igreja, ele tem a ajuda das pessoas felizes-que-parecem-ter-sido-atingindas-pelo-gas-do-coringa. Todas as pessoas estão doentes, sujas, morrendo de frio e trabalhando pesado o dia todo. Alguma dessas pessoas são crianças, mas não, não é trabalho infantil, afinal elas tão construindo a igreja pra Deus. É deus, pô, merece. Os trabalhadores também não são ensinados a ler, nem a contar, nem a fazer sapatos, nem a costurar, nem à criar ovelhas, nem a plantar, nem a fazer pão; são ensinadas a construir igrejas.

Ela não mostra pra gente filmes como Escritores da Liberdade. Uma história real que é o puro exemplo de igualdade e inclusão social, de faça amor e não guerra (e de forma indireta, tolerancia religiosa, porque essas lições são aprendidas com a professora falando especialmente do horrores da Segunda Guerra).

Não mostra Diamantes de Sangue, nem A Lista de Schindler, nem O Pianista, nem O resgate do soldado Ryan.

Como alguém aprende o horror da guerra sem ver isso?

Me pergunto o que as pessoas da minha classe acham de Muçulmanos, Islamicos e outros. Entre tanta guerra, fanatismo e burcas, pessoas decentes que apenas acreditam em uma coisa diferente da nossa são imediatamente rotuladas de homens bomba.

O que ela nos ensina não é religião, é apenas uma repetição de erros e erros de gerações anteriores que ainda mantém milhares de coitados na ignorância.

Um comentário:

  1. bom gata, eu acho que vc deveria expor este ponto de vista a seus pais, pois não adianta voce ficar numa escola em que voce não aceita as normas, bjus gata e parabéns pela abordagem

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