sábado, 9 de maio de 2009


Quatro palavras:
Eu quero essas botas!!!!!

Aula de Religião

É impossível falar de Brasil e não falar de nossas escolas, que estão entre as piores do mundo.

Eu, que estudo em um colégio católico, tenho outro problema: Aula de religião. aliás, nem sei se aquilo pode ser chamado de aula, porque não ensina nada. Tenho que aturar o hino da campanha da fraternidade toda terça (já ouviu o desse ano? "Só a justiça leva à paz?" Ouça e tente fazer seus ouvidos te perdoarem depois) e fazer cartazes estúpidos com fotos que eu já mil vezes de crianças africanas cabeçudas e esqueléticas.

Estamos vendo um filme desse santo que saiu andando pelado da igreja. Na neve! Eu nem sei porque ele fez isso! O único são que eu conheço é são Patricio e eu nem vi o começo do filme, nem sei o nome. Mas eu sei que andar por ai pelado na neve vai te dar uma bela duma pneumonia, mas, nesse filme, as pessoas parecem ser imunes a isso: Em outra cena, o cara, agora usando trapos, reconstruia uma igreja com outras pessoas maltrapilhas que sorriam como dementes. Minha professora disse que elas estavam felizes, eu digo que elas foram atingidas pelo gás de riso do curinga.

Enquanto a prof fala de inclusão social e nos mostra filmes em que as pessoas doentes estão com deus e por isso estão felizes e por isso não precisam de um médico (nem de sapatos para os seus dedos não congelarem e caírem enquanto trabalham na neve), o Papa vai à Camarões ser contra o uso da camisinha para a perptuação da AIDS e eu desperdiço 50 minutos da minha vida toda terça-feira.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Divagações durante a aula de física

E então ele entrou pelos portões.

A Lua acima dele parecia envolvida por uma camada, uma cortina de fumaça de não deixava a luz passar. Apesar de estar cheia e brilhante tudo ao redor dele estava escuro e assustador; borrado por sombras escuras demais para serem obra da natureza.

Ele deu um passo hesitante, o pé dele afundou no chão, mas ele ainda não sentia firmeza no passos, como se o chão fosse se abrir abaixo dele.

Mais um passo. Cada passo cidade adentro parecia deixá-la maior e mais escura.

As ruas eram de cascalho, teve pena dos mendigos que andavam descalços pelo chão pontiagudo. O cheiro de podridão também parecia ficar mais fortes, ele se perguntou se a cidade tinha esgoto.

Engoliu em seco, seu coração parecia ser o único som por quilômetros, como se ele fosse o único ser vivo. O que era impossível porque ele sabia que tinha corujas do lado de fora, ele podia ouvi-las piando... Ou podia antes de entrar completamente na cidade. Os portões de ferro pareciam enfeitiçados e os muros altos e imponentes pareciam ser feitos não só pessoas longe, como sons e a luz também.

"E possivelmente, tudo que há de bom nesse mundo também." Pensou.

Os portões fecharam com um ruído estranho, como um guincho de dor.

Não tinha mais volta, ele estava preso.

E pelos barulhos nojentos e repugnantes que ouvia à sua volta, eles também sabiam disso.

Brasil no exterior

Uma garota romena que eu conheci na internet me mandou esse vídeo. Os dois cantores são romenos e fizeram esse vídeo no Rio. Ela disse que foi um 'big hit' (como eu não falo romeno e nem ela português, a gente fala inglês mesmo).

O vídeo Romeno do Brasil

Esse vídeo me foi mostrado por uma garota da Romênia que eu conheci pela internet. Foi um 'big hit' como ela disse (sendo que ela não fala português e nem eu romeno, a gente fala em inglês mesmo).





quinta-feira, 7 de maio de 2009

Defina perfeição

Todo mundo no Tudo de Blog da Capricho tá falando sobre a Amiga Perfeita. Aquela amiga linda, gentil, esperta, que os meninos sempre olham, que está sempre com as melhores roupas...

Isso não é ser a Amiga Perfeita. Se isso é ser a amiga perfeita, então eu sou uma Amiga Perfeita.

Eu sou muito bonita, sou inteligente, sou uma boa amiga, eu tenho basicamente todos os requisitos para ser uma amiga perfeita.
Mas e aí?
Mas, sabe, nada disso me faz a garota mais popular da escola. Cada pessoa tem uma Amiga Perfeita completamente diferente.

Tem uma outra Amiga Perfeita na minha sala. Ela é gentil, ela é sorridente, ela é linda, ela tem ótimas amigas, ela consegue ter boas notas sem ser cdf, e, sinceramente, eu não a suporto.

Pras minhas amigas, eu devo ser a Amiga Perfeita, mas e aquelas pessoas que eu não gosto? Ou quem eu simplesmente não falo muito? Pra eles (as), eu não sou bonita, sou apenas cdf (lembra do negócio do boletim? bem, tente fazer isso sem ganhar esse apelido, poucas pessoas tem habilidade ninja de fazer isso).
Entende o que eu quero dizer? A Amiga Perfeita, não é a Miss Universo, é apenas a amiga.
E aqui: http://capricho.abril.com.br/blogs/tudodeblog/ é o link pra quem quiser ver os posts sobre a Amiga Perfeita.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Você é daquelas garotas que adora meninos. Você adora conversar com eles, você adora sentar no colo deles, dá sempre um beijinho na bochecha quando acha que ele merece, se o cara for gatinho você até fica; é claro que sabe que esses mesmos garotos olham para a sua comissão traseira quando você passa. E também sabe que eles te adoram porque você 'é mais íntima' com o sexo oposto do que outras meninas.

Daí, chega o dia fatítico. Você acha um namorado.

E agora?

Tem uma garota na minha classe que é exatamente assim. Talvez ela seja considerada a menina mais bonita da sala por causa dos motivos citados acima. E ela arranjou um namorado.

Mas apesar disso, ela continua íntima dos meninos, e o namorado dela estuda na classe ao lado.

A impressão que dá é que ela tá meio que fazendo o cara de bobo, porque no recreio ela se agarra com ele, mas na classe ela gosta de abraçar alguns outros. Certo que ela nunca beija eles na boca, mas fala sério, se eu tivesse um namorado eu parava com essas intimidades, que menino que gosta de ver a namorada sentada no colo de outro?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Dramática

Enquanto eu escrevia no meu diário agora pouco, eu percebi, mais uma vez o quanto eu sou dramática. O fato é: Eu odeio a minha vida. Exagero? Um pouco. Ingratidão? Acho que sim, porque meus pais sempre dão tudo o que eu quero (quase). Mas eu não consigo deixar de querer morar em um país desenvolvido, em uma cidade com mais coisas pra fazer (Minha cidade é uma chatice!!!!) estudar em uma escola pública americana onde há mais ou menos 300 pessoas por série, e as pessoas não mudam de escola quando chega o colegial.

Como meu prof de Filosofia adora dizer: "Vocês, adolescentes, estão parindo a vocês mesmos." Pra quem não sabe, parir é o verbo para o substantivo parto. É uma frase meio estranha, mas eu acho que descreve bem.

Então qual é o problema de ser dramático? Se nós ainda estamos nos inventando, qual é o problema de estar infeliz com o que você tem? De querer mais? É assim que você descobre o que quer da vida.

Então, vamos deixar de ver problemas em ser drmáticos de vez em quando. Nos expressar mais, afinal, é assim que vamos acabar descobrindo quem nós somos.

domingo, 3 de maio de 2009

Horário das Bruxas

Já ouviram falar de meia noite ser a hora das bruxas? Bem, eu já. Parece que esse é o melhor horário para fazer bruxarias.

Algumas cidades do estado de São Paulo parecem ter ouvido falar dessa superstição, porque instituiram um toque de recolher em que adolescentes tem que ir para casa às 11:30. Ou melhor, vai para casa às 11:30 se tiver de 16 anos para cima; se você tiver 15 anos, como eu, vai ter que estar em casa às 11.

Eu moro no estado de São Paulo e a minha cidade não colocou essa lei em vigor. Na verdade, eu só fiquei sabendo dessa lei lendo alguns outros blogs.

A falta de repercussão que essa lei causa concorda com as minhas conclusões sobre essa lei: Nada vai mudar.

Será que alguém realmente acha que um toque de recolher idiota vai nos fazer ir para casa? Essa não é a marca registrada dos adolescentes? Quebrar regras? Rebeldia? Confusão?

Se eu vou para casa antes das 11:00 é porque eu estava entediada! A festa está no seu ponto às 11:30! Eu tenho quinze anos, se eu tivesse que seguir essa lei idiota, eu teria que estar em casa às 11:00.

Até onde entendi, o objetivo dessa lei é diminuir a criminalidade.

Bem, drogas nunca foram um assunto de interesse meu. Beber? Só um pouco de vinho em casamentos. Vandalismo? Destruir propriedade pública também nunca foi minha idéia de diversão.

Maaaaaaas, mesmo asim, cá estamos com uma lei que me obrigaria a estar em casa às 11.

Essa lei é só um modo errado de lidar com um outro problema: A falta de limites.

Quando eu saio com meus amigos (quase todos da minha idade, 15 anos), são meus pais que ligam e dizem que está na hora de ir embora. Se eu estiver me divertindo e converso com eles, eles às vezes me deixam ficar mais tempo. Por quê? Porque eles sabem que eu não vou fazer bruxarias.

Em cidades grandes como São Paulo, ficar na rua durante a hora das bruxas pode ser muito perigoso.

Essa é a razão pela qual a lei é tão ridícula. Se essa lei entrar em vigor, eu, que sou uma pessoa razoávelmente responsável vou ir para casa, mas de outra maneira, eu não causaria problema algum.

Agora, as pessoas que eles querem proibir de ficar na rua até mais tarde, vão ficar na rua até mais tarde. Eles já estão quebrando leis e eles sabem disso! Essa é a principal razão de gostarem de agir à noite. Mais uma lei para quebrar não muda nada.

E, mais uma pergunta interessante, quem vai fiscalizar essa lei? Nossos policiais? Ah, sei, agora eles vão fazer ronda em barzinhos olhando nossas carteirinhas de estudante enquanto os bruxos e bruxas fazem suas bruxarias?

Já percebi há muito tempo que proibir não ajuda. É preciso explicar, dizer por que não pode, e se isso não funcionar, achar um modo direito de lidar com isso.