terça-feira, 19 de maio de 2009

Eu não lembro em que aula eu escrevi isso

AS LUZES ERAM FORTES DEMAIS, ELA NÃO CONSEGUIA ENXERGAR DIREITO. O baile girava rápido demais à sua volta também. A música rebombava em seus ouvidos; quase podia sentir seus tímpanos batendo como um tambor. Tudo à sua volta mudava de cor rapidamente., uma hora estava completamente azul, na outra estava amarelo, vermelho, verde... De onde viera aquela névoa?
Os casais giravam á sua volta, os vestido de seda e os ternos roçavam em sua pele nua.
Droga, por que a festa tinha que ser de máscaras? Com essa luz e essa fumaça as pessoas ficavam irreconhecíveis, e além, disso estavam vestidos de gala e márcarados.
Jenifer usava sua própria máscara com formato de asas de borboleta e um vestido tomara-que-caia amarelo. Ele a fazia se sentir uma princesa, mas sua saia charmosamente bufante era um alvo perfeito para pés alheios.
Tinha conseguido dar um jeito em seu cabelo liso escorrido e agora eles estavam graciosamente ondulados. Sua máscara era grande e escondia tudo do nariz para cima, com excessão de seus olhos. Se perguntou se alguém ia reconhecê-la.
Jenifer girou no mesmo lugar, procurando inutilmente por um rosto conhecido.
A festa estava mais escura agora, as pessoas à sua volta não eram conhecidas, eram elas humanas? Teria saído de um circo? A névoa forte no salão não parecia ter saído de uma máquina de fumaça e as luzes não pareciam ser do globo de vidro, e que música era aquela? Gaitas de fole e sanfonas não pareciam coisas que DJ contratado colocaria.
Olhou em volta, cada vez mais desesperada, as pessoas bonitas agora não pareciam tão bonitas. Estava mais pra assustadoras. Estava quente demais ali dentor, Jenifer podia sentir seu vestido colando na barriga e sua testa molhada. Por que todos dançavam tão perto dela? Não percebiam que ela se sentia claustrofóbica?
Esses seriam sorrisos de diversão em seus rostos?
De onde vieram todos esses olhos cruéis que a fitavam em meio aos giros da dança?
Onde estavam seus amigos?
Que luzes são essas?
Onde estão as janelas?
Por que tudo estava tão confuso?
Tão assustador?
Jenifer começou a hiperventilar, procurando frenéticamente por uma saída.
Ela não ouvia nada além da música, parecia que a batida estava dentro da sua cabeça.
Uma mão gelada encostou em seu ombro suado.
Ela se virou.
Um homem de olhos negros e máscara de diabo a olhava. Ela não ouviu nenhum som, mas viu os lábios dele se mexerem formando o nome dela.
Jenifer gritou. O som agudo pareceu quebrar o feitiço da música estranha porque ela pode ouvir agora.
A princesa saiu correndo, a máscara esquecida no chão.

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